Programando o cérebro para ter ideias

Shoot
2 min readOct 5, 2017

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Esses dias rolou aqui na Shoot pela primeira vez o Desafio 5K. Resumindo: queríamos investir 5 mil reais em algum projeto autoral, e ao invés de esperar que uma ideia caísse do céu, marcamos uma data onde todo mundo da equipe teria que apresentar 10 possíveis próximos projetos da Shoot.

Não tinha briefing, nem definição de quão pronta a ideia deveria estar. “Venham com 10 ideias, apresentem elas como quiserem”. O objetivo era que em 1 mês e meio, que foi basicamente o prazo que tínhamos, saíssemos de 0 ideias para 60 ideias (nossa equipe tem 6 pessoas).

Obviamente algumas seriam ruins (“Braga para Vereador”, por exemplo, que eu mesmo apresentei kkk), mas na nossa lógica era óbvio que uma ideia das 60 se salvaria e aí estaria nosso próximo projeto. No fim aconteceu que várias ideias boas foram apresentadas, nos obrigando a inventar uma votação na hora porque ficamos divididos entre qual ideia fazer. No fim vamos conversar mais ainda sobre elas antes de decidir qual botar na rua.

Enfim, queria MUITO contar as ideias pra vocês, mas ainda não é o momento (hihi), até porque acho que mais ideias da lista vão acontecer e o elemento surpresa é sempre interessante. Estou aqui na real para falar sobre outra coisa, sobre o olhar perspicaz que esse desafio gerou no meu cérebro (e acho que no cérebro de todos nós).

O fato de existir um prazo e um número grande de ideias para serem apresentadas, fez com que eu ficasse muito ligado em possíveis insights. Meu cérebro, inconscientemente na maioria das vezes, estava num modo “dá pra tirar uma ideia daí?”. Qualquer imagem, nova informação, conversa que chegava até mim, acabava rolando um insight, que nem sempre virava ideia, mas que me fazia parar por uns segundos e analisar a possibilidade de como aquilo poderia ser um projeto.

Assim como o Gab percebe muito mais aprendizados ao estar buscando isso constantemente, o nosso cérebro tem muito mais ideias quando ele precisa ter ideias. Algo até meio óbvio que eu tinha esquecido acho, ou estava sem praticar. No início da Shoot isso acontecia, mas com o tempo se perdeu talvez.

Então, se você quer ter ideias de maneira constante, crie um prazo, crie um número de ideias que você precise ter, e observe a mágica acontecer. Elas vão começar a brotar durante uma caminhada, durante um filme no Netflix, durante o banho, lavando louça, antes de dormir, numa conversa despretensiosa.

Ideias nunca são de mais, né?

Esse texto foi escrito pelo Braga e enviado para quem segue nossa newsletter no dia 05/10/17.

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Percepções sobre a vida de quem trabalha criando ideias para um mundo melhor. heyshoot.cc

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